Wednesday, December 29, 2010

Tinha apenas 13 anos...

Tinha apenas 13 anos quando escrevi

“Procura a resposta dentro do teu coração”.

Incrível. Tão jovem.. A perceber tanto...
Quando deixei eu de ouvir?
Quando deixou ele de falar?

1 de Janeiro de 1997

Marta 12 anos
Hoje levantei-me às 11:15. Em meu redor um manto branco de neve estava. Era um bom começo para o ano 1997. Tomei o pequeno almoço e fui tirar fotografias para ter uma recordação da neve. Fui tocar. Depois fui ver a neve e comecei a dar largas à imaginação. Chegou a hora de almoço, comi puré de batata e carne. Depois fui para casa da Xana (minha prima) onde joguei ao monopólio. Quando cheguei a casa fui ver um filme que se chamava “Caça ao policia”. E fui jantar, ovos estrelados com batatas cozidas.

Ser criança é ser Simples. É não pensar.
Imaginar, Sonhar e acima de tudo Viver em cada coisa. Simples.

Conversas de café


Conversas de café. Amigos. Como me rio... Deixar de respirar. Como morrer de felicidade. Como é bom olhar e reconhecer a pessoa em cada um. Reconhecer a pessoa. Amar cada gesto. Rir. Rir até faltar o ar...

Perguntam-me... O que gostavas de fazer? Descreve a tua profissão ideal...
Silencio.
O mais engraçado... É que não sei responder.

Tuesday, December 28, 2010

Escrevo

Escrevo ..porque me perco. Escrevo ..quando me faz bem.
Hoje escrevo sobre mim. Porque sou nada mais do que já fui. Hoje não sou nada...

Nasci com pressa de nascer. Sempre tive pressa.
Nunca consegui ser uma. Entre as várias.. Sonhei. Questionei.
Fui apenas para mim. Fui apenas para os outros. Fui tudo e nada. Em tudo.
Em nada ao mesmo tempo.

“Para ser grande sê inteiro. Nada teu exagera ou exclui. Sê todo em cada coisa. Põe quanto és no mínimo que fazes. Assim, em cada lago, a lua toda brilha, porque alta vive” Ricardo Reis

O meu poema favorito. O meu. Vontade de ser...
Sentir...

Hoje, sem ter, tenho vontade de sentir vontade-de-sentir.

“Marta não adormeças. Tira o dedo da boca e vem tomar café”.
Sorrio.
“Acho que estava a precisar de ou
vir isso.”
Sorrio.
Não preciso de dizer nada. A vida fala por mim...
“Would you really ruch out for me now?”
O telefone toca...

Levanto-me.
“Estou cá fora à tua espera”.

Coisas de emoção


Erasmus 2008/2009

Estou em Amesterdão. É noite de museus.
Saltamos de posto em posto.
As luzes que se ouvem ao longe... A musica que se vê. Alegria... Lembro-me.

Mas há algo.

Algo que me toca...
O cenário oriental ao sabor do chá à saída do museu da cidade.
As interpretações ..ambulantes na mira.. de fotografias indecifráveis.
Caminho em sorrisos.

Procuro algo mais intimo.

Entro na casa de Anne Frank. Movo-me por compartimentos vazios.
Cheios de tudo... e de nada.

Mas há algo.

Algo que me toca...
Um vídeo.
Um pai fala.
“Sinto que nunca conheci verdadeiramente..”
Olhar no horizonte da água molhada...
“A minha filha ..verdadeiramente.”

Nunca mais pude esquecer essas palavras. Nunca mais pude não querer isso para mim.



O que pergunto... Porquê?

Onde estou? Onde está a minha vontade de ser? De sentir? De viver? De respirar? De ser...

Ser.

Ser até não poder mais.
Ai inércia... Odeio-te. Quero amar-te para te deixar ir...

O medo

Vida e Morte. Loucura... Vida.
O que... O que sou... O que é ser. E estar. Ser e estar sendo vivo.
O que é? Esse brilho... O que é ..olhar. ..O.

..Sentir. Ter vontade de..

Ai. Sentir. Sentir até ao ultimo ..ar ..Suspir.
Sorrio.
Tenho medo. Do frio ... da morte e da vida.

O que vejo.

Tenho medo.

Mudo de musica. Ouço algo um pouco mais triste.
Afundo-me. Assim... Em sintonia. Comigo para fora.

Estranha vontade.
Continuo sem perceber o que procuro. O que...

Oiço uma voz amiga.
Tenho saudades.
De mim. Ali. Lá...
Ouve o que trago. Ouve e não percebe. Não sou eu. Não sou o eu que ele vê. Mas sou um que trago cá dentro...

Que dois carrego em mim?
Onde me perdi?
Onde estou o que sou?

Nada...

Wednesday, December 15, 2010

José & Pilar

Documentário de Miguel Gonçalves Mendes

"Sempre chegamos ao lugar onde nos esperam" José Saramago


Há muito tempo que adio...

Há muito tempo que adio... Há muito tempo que adio estas palavras. Há muito tempo que me angustia justificar esta necessidade de escrever. Justificá-la. Não para mim. Mas para os outros. Que interessa os outros? Que interessa senão aquilo que sou... Agora.

Ai, como não sou nada!

Porque escrevo? Porque não simplesmente ser?
Sou. Estando sendo. Porque estando sendo para mim é meu. É estar e ser sem ser. Sem estar. Tão só para mim.

Só.

As palavras fogem-me quando penso nelas...
Já não sinto. Já não estou sendo. Já não escrevo.

As palavras fogem-me quando penso nelas.
Marta Marialva


Monday, December 6, 2010

Because... "Tomorrow never stops"















The Dust of Time
Covers everything... the small... and the big.

Sunday, December 5, 2010

How to start...


It is always difficult to start. Always.. as always! But the truth is, "if we never try, we will never know".

MS